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Veio Ernesto... depois Joana. Nasceu uma mãe: Sylvana!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Relato de uma doula iniciante

Terça-feira, 18 de outubro de 2011.

Esse dia ficará marcado para sempre como o dia da minha primeira experiência como doula. Após 2 anos da formação realizada em Brasília, com o pessoal da Doularte, pude experimentar a emoção de acompanhar e apoiar uma mulher em trabalho de parto.


Às 22h toca meu celular. Meu marido atende e grita da sala: “é da Casa de Parto!”. Eu estava no quarto e logo corri. Atendi e era Melissa dizendo: “tem uma gestante aqui com 8 cm. Queres vir?” Sim! “O bebê ainda está alto. Queres vir?” Sim!


Desliguei a chamada, calcei um tênis, vesti um casaco e disse para meu marido: “fica ai com as crianças que eu vou!”. Já na saída de casa lembrei que Adele havia falado sobre o rebozo e voltei para pegá-lo.

Lá vou eu para a Casa de Parto São Sebastião, seguindo o caminho que faço diariamente para ir ao trabalho. Levei quase 30 minutos para chegar lá, graças ao trânsito do horário que me surpreendeu. No caminho fui pensando na parturiente. Como seria ela? Jovem? Primeiro filho? Estaria ela sentindo muita dor? Há quanto tempo? E lá fui eu, ocupando minha mente que estava ansiosa para chegar logo. Fui rezando, fazendo minhas orações para que o trabalho de parto fosse tranquilo, sem maiores intervenções, que a parturiente tivesse paciência, que não precisasse de episiotomia, que o bebê chegasse na hora dele, que tudo corresse bem!


Chegando lá na portaria da Casa de Parto, falei com o vigilante, apresentando-me. Ele disse que Melissa estaria atendendo uma mulher e não poderia me atender. Eu disse que estava ali por causa daquela mulher. Então ele pediu autorização e me deixou entrar. Entrei, encontrei as plantonistas e passei para a sala onde estava a mulher. Melissa me apresentou a ela: “Essa é Safira. Terceiro parto, está pedindo ocitocina e quer que rompamos a bolsa. É toda sua!”


Naquele momento pensei: “E agora? Será que ela vai aceitar minha presença? Minha ajuda?” Então me apresentei e perguntei se poderia fazer massagens. Ela disse que não, muito brava! E lá vinha uma contração. Depois, perguntei se seu marido estava lá fora e ela disse que não queria ele por lá.


Ela estava sentada na borda da cama, com os pés para baixo e os braços apoiados para trás. E ela gritava, urrava! Então tomei coragem e fiquei nas costas dela. Comecei a massagear o quadril, fazendo pressão de fora para dentro, lembrando como minha doula me tratou em meu primeiro parto. Ao passar a contração, perguntei se havia melhorado algo e ela disse sim. Em outra contração, ela aceitou melhor minha ajuda, então continuei. Perguntei o sexo da criança e ela disse que era uma menina, que seu nome era "Elisa". Perguntei se queria água e ela não aceitou. Quis saber a quanto tempo ela estava sentindo as dores do parto e ela disse que há 2 dias, não aguentava mais e queria que a bebê nascesse logo.


As contrações estavam cada vez mais próximas e ela gritava mais e mais. Perguntei se queria sentar na banqueta, que isso poderia ajudar a abrir mais a bacia, e ela disse não! Sugeri então que ela levantasse a perna, que isso ajudaria, e ela aceitou. Depois disso, parece que as contrações eram mais doloridas. Ela disse que queria fazer cocô e eu disse que ela fizesse. Melissa chegou nessa hora e reafirmou o que eu disse. Melissa fez um toque e viu que ainda estava alto. Mais alguns minutos, mais contrações próximas, mais massagens dessa vez de dentro para fora na lombar. No intervalo das contrações eu massageava os ombros dela. Mais uma contração e ela gritava, dizendo que queria que a filha nascesse logo, que não estava aguentando. Baixinho, no ouvido dela, eu falei que sua filha estava chegando. Lembrei da respiração, que precisava respirar com mais calma. Resolvi observar como estava o períneo e lá estava a bolsa querendo sair, sem romper. Nessa hora, entra Melissa e outras pessoas da equipe e resolvem romper a bolsa. A cama foi ajustada para que ela pudesse escolher a melhor posição. Sugerimos que ficasse agachada ou ajoelhada, apoiada sobre o encosto e ela concordou.


Mais algumas contrações e lá veio Elisa! Depois que a cabeça saiu, alguém gritou: 23h em ponto! Melissa viu uma circular de cordão e logo a retirou. Eu comemorei! Mais um mito que se foi! Depois que saiu o corpinho todo do bebê, a mãe tornou a se sentar e recebeu a filha nos braços. A princípio não quis tocá-la, dizendo que estava “suja”, mas depois fixou olhos nos olhos e acariciou. Melissa mostrou que o cordão não pulsava mais e perguntou se a mãe queria cortar. Ela disse que não e eu, morrendo de vontade, não atrevi a pedir para cortá-lo. Após alguns minutos, levaram a pequena para os procedimentos de pesagem e medição. Faltava a placenta sair, o que levou uns 10 minutos. Após a saída, fiquei curiosa e quis olhar mais de perto o que nunca tive coragem de ver. Era vermelha, junto com a bolsa e o cordão. Estava inteira, o que é importante! A mãe foi examinada e teve algumas pequenas lacerações no períneo. Melissa disse que seria necessária a sutura com alguns poucos pontos. Para distrair a mãe enquanto estivesse tomando a anestesia local e os pontos, fiquei conversando com ela, falando sobre filhos, amamentação.


Pouco depois chegou Elisa, toda de rosa, e foi colocada no peito, com o auxílio da pediatra para se familiarizar com o peito da mãe. A pediatra explicou direitinho como deveria ser a pega e Elisa mamou com bastante força. A mãe disse que tinha 2 filhos de 11 e 7 anos, mas que eles mamaram 1 mês e 3 meses. Com Elisa, ela iria fazer diferente e disse que queria amamentar, pelo menos, 6 meses. Isso me deixou contente!

Depois de Elisa ficar arrumada, era a vez da mamãe tomar banho. Ela foi levada ao outro quarto e pediram que eu levasse junto o bebê que estava no berço aquecido. Que emoção! Aquele corpinho pequeno, as mãos enrugadas e o cabelinho preto me deixaram boba. Melissa quis tirar uma foto e eu topei na hora!


Coloquei Elisa no bercinho ao lado da cama e perguntei se a mãe queia ajuda, se estava bem ou se sentia tonturas ao tomar banho. Ela disse estar bem, então eu me afastei um pouco. Depois que ela voltou para o quarto, deixei-as sozinhas. Estava curiosa para perguntar algumas coisas a Melissa. Conheci o que era um partograma e como foi registrada a evolução do parto. Depois de Melissa ter me respondido tudo (e mais um pouco), já passava da meia noite então perguntei se poderia ir. Claro, respondeu Melissa. Então me despedi de Safira e de Elisa, registrando mais um momento mágico, e ouvi um “Muito obrigada! Você me ajudou muito!” o que me fez ganhar o dia!


Saí de lá nas nuvens e cheguei em casa ainda digerindo tudo aquilo. Todos dormiam e eu queria dizer para o mundo que eu havia servido a uma mulher, como uma verdadeira doula.


Agradeço imensamente a Melissa Martinelli por ter acreditado em mim e ter me convocado para essa missão!


Parabéns à Safira, essa guerreira que aceitou minha ajuda e suportou as dores da chegada da filha Elisa!


Espero que este seja realmente o primeiro de muitos partos!

domingo, 9 de outubro de 2011

Show da Galinha Pintadinha

E lá fomos nós ao Brasília Shopping neste domingo, último dia do cineminha da Galinha Pintadinha.
Chegamos cedo, pouco depois do meio dia, e já pegamos uma fila que demorou mais de meia hora pra podermos nos inscrever. Apesar da espera, as crianças adoraram a pintura, o cineminha e a foto final, com a galinha pintadinha, grande e tão bonitinha!

sábado, 1 de outubro de 2011

De babá nova


Joana e Ernesto agora estão de babá nova.
Com a ajuda da sogra, conseguimos acompanhar uma das candidatas e finalmente a contratamos desde 12/09.
Joana está adorando e na hora de ela ir embora, nem quer sair do colo!
Ernesto adora também, porque ela brinca com ele e atenção nessa fase é essencial.

Enfim, estamos todos contentes e espero que continuemos assim!